Sexo oral e o aumento na incidência de câncer orofaríngeo
Um estudo comandado pelo Prof Dra Hisham Mehanna, vice-reitor adjunto do Instituto de Câncer e Ciências Genômicas da Universidade de Birmingham, aponta o sexo oral como o principal fator de risco para o câncer orofaríngeo. É importante pontuar a gravidade desse apontamento, uma vez que nas últimas duas décadas houve um aumento significativo desse tipo de câncer no Ocidente, a ponto de alguns cientistas o chamarem de epidemia.
A principal causa desse tipo de câncer é o papiloma vírus humano (HPV), que também é o principal causador do câncer de colo de útero. O câncer orofaríngeo se tornou mais comum do que o câncer cervical nos EUA e no Reino Unido.
Como todos sabem, o HPV é sexualmente transmissível e, para o câncer orofaríngeo, o principal fator de risco é o número de parceiros sexuais ao longo da vida, sobretudo no sexo oral. E atenção, esse número não precisa ser tão grande quanto você imagina, pesquisas apontam que pessoas com seis ou mais parceiros de sexo oral na vida têm 8,5 mais chances de desenvolver câncer de orofaringe. Os mecanismos pelos quais esse fato ocorre ainda estão obscuros, necessitando de mais pesquisas.
Algumas teorias foram aventadas para explicar o câncer de orofaríngeo tendo como fator desencadeante o HPV, sendo que a predominante é que a maioria das pessoas contrai infecções por HPV e é capaz de eliminá-las completamente. Entretanto, um pequeno número de pessoas não consegue eliminá-lo. Logo, não se livra da infecção, muito provavelmente devido a um defeito de um aspecto específico do sistema imunológico.
Portanto é nesses pacientes que o vírus é capaz de se replicar continuamente e, com o tempo, se integra em posições aleatórias do DNA do hospedeiro e é nesse momento que algumas células hospedeiras se tornem cancerígenas.
Por isso a proteção é fundamental. Previna-se.
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