Quer melhorar sua memória? Papel e caneta podem ser a solução
Os estudos sobre memória e técnicas de codificação têm revelado insights fascinantes sobre como diferentes métodos podem melhorar a retenção de informações. Um estudo publicado na Psychonomic Bulletin & Review investigou como o desenho pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a memória, especialmente em comparação com a escrita. Os resultados mostraram que desenhar palavras, sejam elas concretas ou abstratas, melhora significativamente a memória, sugerindo que o desenho cria um vínculo com informações multissensoriais novas, superando as limitações de outras técnicas de memória.
Outro estudo, publicado na Frontiers in Psychology, explorou como a escrita à mão, em comparação com a digitação, afeta a conectividade cerebral. Utilizando EEG de alta densidade, os pesquisadores descobriram que a escrita à mão leva a padrões de conectividade cerebral mais elaborados, especialmente nas regiões parietal e central do cérebro. Esses padrões são cruciais para a formação da memória e a codificação de novas informações, sugerindo que a escrita à mão pode ser mais benéfica para o aprendizado.
Esses estudos destacam a importância de métodos tradicionais, como o desenho e a escrita à mão, na melhoria da memória e do aprendizado. Enquanto a tecnologia continua a avançar e a digitação se torna mais comum, é essencial reconhecer os benefícios únicos que as técnicas manuais oferecem. A integração de ambos os métodos pode proporcionar um equilíbrio ideal para o desenvolvimento cognitivo.
Além disso, os resultados sugerem que a distintividade dos desenhos pode ser um fator crucial para a memória de palavras abstratas, enquanto a prototipicidade beneficia palavras concretas. Isso indica uma ligação estreita entre o benefício do desenho e o código visual, reforçando a ideia de que diferentes tipos de estímulos podem exigir abordagens variadas para otimizar a memória.
Por fim, a pesquisa de van der Weel sobre a escrita à mão versus a digitação sublinha a necessidade de manter práticas de escrita manual nas escolas, apesar do avanço das tecnologias digitais. A exposição precoce à escrita à mão pode estabelecer padrões de conectividade neuronal que promovem condições ótimas para o aprendizado, enquanto a digitação pode ser utilizada em contextos específicos onde é mais eficaz.
Esses estudos fornecem uma base sólida para futuras investigações sobre como diferentes técnicas de codificação e métodos de escrita podem ser combinados para maximizar o potencial de aprendizado e memória em diversos contextos educacionais e profissionais.
https://link.springer.com/article/10.3758/s13423-020-01804-we https://www.frontiersin.org/journals/psychology/articles/10.3389/fpsyg.2023.1219945/full
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