Muito se engana quem pensa que a febre maculosa é uma exclusividade do Brasil, ela está presente em todo o Ocidente. No Brasil, as regiões sul e sudeste são as que apresentam maior incidência de casos.
A febre maculosa é causada por bactérias do gênero Rickettsia, especificamente a bactéria Rickettsia rickettsii (uma espiroqueta gram-negativa). No Brasil, a doença é transmitida pelos carrapatos do gênero Amblyomma, especialmente o A. cajennense, o carrapato-estrela. Esses carrapatos são vetores e reservatórios da bactéria Rickettsia rickettsii, uma vez que a transmitem para seus descendentes.
A transmissão ocorre quando o carrapato infectado pica e fica por, pelo menos, quatro horas, fixado na pele da pessoa. Em geral equinos, bovinas, capivaras e gambás se destacam-se na transmissão da doença. Os carrapatos mais jovens são os mais perigosos, já que são menores e mais difícil de serem vistos.
O período de incubação da febre maculosa é de 2 a 14 dias. A doença tem início repentino, cujos sintomas são febre alta, dores musculares, dor de cabeça, náusea, vômito, manchas vermelhas pelo corpo, inapetência, desânimo e mal estar. As manchas crescem e ficam salientes no decorrer dos dias e podem aparecer em locais como palmas das mãos e sola dos pés. O local da picada, parecido com uma picada de pulga, pode apresentar hemorragias sob a pele.
Como os sintomas são pouco específicos e podem causar atraso no diagnóstico o tratamento deve ser iniciado antes mesmo da confirmação do diagnóstico, já que o tratamento pode não ser efetivo após algum tempo. A taxa de mortalidade da febre maculosa é de 80%, já que ela pode evoluir para edema nas pernas, aumento do fígado e baço, insuficiência renal, edema pulmonar, tosse, meningites e manifestações hemorrágicas. O paciente pode ter ainda confusão mental, convulsões e chegar ao coma profundo.
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