Saturação de oxigênio, o que precisamos entender

saturação de oxigênio 1

Escrito por Sigla Educacional

8 de abril de 2023

Saturação de oxigênio, o que precisamos entender

Dias atrás a influenciadora Aline (@alinelks) ficou doente, com testes de COVID e dengue negativos. Buscou serviços médicos em busca de ajuda e, em um deles, a profissional que prestou atendimento a dispensou ao considerar a saturação 92 apresentada por ela normal. Mesmo com a queixa de “pulmão chiando” e falta de ar, a profissional solicitou que ela retornasse no dia seguinte para ser novamente atendida. Mas afinal, o que é saturação e porque 92 não é normal?

A saturação de O2 é um dos elementos essenciais na gestão e compreensão do atendimento do paciente. O oxigênio deve ser monitorado pois a hipoxemia pode levar a muitos efeitos adversos agudos em sistemas de órgãos individuais, incluindo o cérebro, coração e rins.

Mas o que é a saturação de oxigênio? É a medida em percentuais de quanta hemoglobina está ligada ao oxigênio em comparação com a quantidade de hemoglobina que não está ligada. Durante o transporte, cada hemoglobina é capaz de transportar até quatro moléculas de oxigênio.

saturação de oxigênioOs oxímetros são ótimos recursos para monitorar a saturação de oxigênio. Trata-se de um dispositivo não invasivo colocado no dedo do paciente que realiza a medição dos comprimentos de onda de luz para determinar a proporção dos níveis de hemoglobina oxigenada para hemoglobina desoxigenada.

A literatura aponta que o nível normal de saturação de oxigênio no sangue, para uma pessoa saudável, é sempre maior que 95%, sendo que o ideal é que esteja acima de 97%. Isto é, a cada 100ml de sangue deve haver mais que 95% de moléculas de oxigênio. Abaixo de 93% a indicação é avaliação médica, já que esse é um sinal de alerta que algo mais grave pode acontecer. Saturação de 90% é muito baixa. Como o cérebro é o órgão mais sensível de nosso corpo, alterações visuais, cognitivas e eletroencefalográficas se desenvolvem quando a saturação de oxi-hemoglobina é inferior a 80%.

Alguns sintomas que apontam para níveis baixos de oxigênio são: falta de ar, respiração encurtada, cansaço, fraqueza, pressão alta, taquicardia, irritabilidade, tontura, confusão mental, sudorese, sonolência, desmaio, coma, cianose, visão dupla, cefaleia, dentre outros.

Mas o que causa a baixa saturação de oxigênio? Qualquer patologia que prejudique a passagem de oxigênio para o sangue. O responsável por esse transporte são os pulmões, em especial os alvéolos pulmonares, qualquer patologia que afete o órgão terá como consequência um quadro de hipóxia, tais como asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), pneumonia viral ou bacteriana, pneumotórax, edema pulmonar, COVID-19, embolia pulmonar etc.

Outras patologias que afetam a saturação de oxigênio são intoxicações exógenas, quando gases se ligam à hemoglobina e não permitem que o oxigênio estabeleça o contato levando a uma intoxicação por monóxido de carbono, anemia, problemas cardíacos, já que o coração atua como uma bomba, uma vez que a falha cardíaca leva a um congestionamento de fluidos no pulmão, dificultando a troca gasosa. Causas neurológicas como acidente vascular cerebral, sobretudo as que atingem o bulbo cerebral, local de controle da homeostase do oxigênio e do dióxido de carbono no organismo também podem afetar a saturação de O2.

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