Tá quente por aí? Saiba que está só começando
Está quente e não é pouco. Grande parte da vida na terra está enfrentando temperaturas altíssimas, influenciadas pelo aquecimento global no último ano. Hoje, 13 de novembro de 2023, primavera no Brasil, a sensação térmica no Rio de Janeiro chegou a 52,7 graus Célsius no RJ, isso às 8h30 horas da manhã.
Os últimos 12 meses foram os mais quentes já registrados, influenciando milhares de pessoas que ficaram expostas, durante pelo menos 10 dias, a temperaturas fortemente influenciadas pelo aquecimento global, de acordo com um relatório da organização não-governamental. organização com fins lucrativos Climate Central. Segundo Andrew Pershing, vice-presidente para ciência da Climate Central, estes impactos continuarão aumentando enquanto continuarmos queimando petróleo e gás natural.
Os pesquisadores já estimaram a influência das alterações do clima em eventos climáticos extremos específicos, um processo conhecido como atribuição climática. Agora, os cientistas calcularam o impacto das alterações climáticas induzidas pelo homem nas temperaturas diárias do ar em 175 países e 920 cidades, desde novembro de 2022 até ao início de outubro de 2023.
Eles descobriram que a temperatura média global nos últimos 12 meses foi 1,32 ºC acima daquela registrada durante o período de referência pré-industrial de 1850 a 1900, superando o recorde anterior de 1,29 ºC estabelecido entre outubro de 2015 e setembro de 2016. O relatório surge no momento em que o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia previu que 2023 será o ano mais quente de que há registo, com a temperatura média até outubro a ser 1,43 ºC acima da média pré-industrial. Segundo Pershing, esta é a temperatura mais quente que o nosso planeta experimentou em cerca de 125 mil anos.
No Brasil muito ouvimos que o El Niño carrega toda a culpa pela alta temperatura que estamos enfrentando, mas nem tudo é culpa dele. A maior parte deste aquecimento, cerca de 1,28 ºC, resulta de alterações climáticas induzidas pelo homem, com a variação natural do clima causada por processos como o evento contínuo de aquecimento dos oceanos El Niño contribuindo muito menos, diz a investigadora climática Friederike Otto do Imperial College London.
Pois é, se não nos atentarmos e não mudarmos não conseguiremos mais reverter o aumento de temperatura global e somente os que forem resistentes a altas temperaturas sobreviverão.
Leia na íntegra: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2023/11/13/rio-tem-sensacao-termica-de-527-graus-as-8h30-desta-segunda-feira.ghtml
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