Porque a rotina é tão importante para as pessoas que estão no transtorno do espectro autista (TEA)?
Recentemente Marcos Mion explicou, mais uma vez, o porque não levar seu filho Romeo, 18 anos, que está no TEA, nas suas viagens em família.
Segundo o apresentador “Todo dia da semana é igual ao da semana seguinte. Saber o que acontece na segunda é o que vai acontecer na segunda que vem, e na outra, e assim por diante, sem mudança nenhuma. Essas coisas não existem em uma viagem. Então tudo que quebra a rotina, que tira ele da zona de conforto, que causa surpresa, que traz o inesperado, gera pânico, estresse e crise…”
Continuou dizendo: “Ele, ao longo dos anos, evoluiu muito. Ele vive um esforço, uma tensão constante todo dia para se encaixar socialmente. O que vocês veem no meu Instagram, é que ele dominou com maestria: ser hiper simpático, doce, dar um sorriso carinhoso, perguntar como vai, demonstrar interesse no próximo… O que ele faz para consegui isso é, principalmente, o poder de controlar, não ser surpreendido, ou seja: ele domina com a rotina do dia.”
Em geral, as crianças se beneficiam com a rotina, mas para aquelas que se enquadram no TEA, assim como o doce Romeo, a importância da rotina ganha outras dimensões. Consistência, rotina e repetição são aspectos fundamentais importantes para o desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro do autismo e essa previsibilidade e uso de padrões podem ajudar de muitas maneiras significativas.
De fato, uma boa quantidade de pesquisas mostrou que a implementação de uma rotina diária previsível para crianças com autismo pode ajudá-las a funcionar de forma mais independente, bem como melhorar a saúde social e emocional. Padrões repetitivos de comportamento, atividades e hobbies beneficiam as crianças com TEA, trazendo estabilidade e conforto para suas vidas.
Cronograma e rotina diminuem o estresse e a ansiedade para todos, neurotípicos ou não, mas para as crianças que se enquadram no TEA essa rotina é ainda mais importante, ajudando-as a navegar pela vida com confiança e menos preocupações. Sentindo-se mais seguras e protegidas, seus níveis de estresse diminuem, deixando-as mais receptivas ao fortalecimento das habilidades existentes e ao aprendizado de novas.
Portanto, um ambiente de segurança e conforto estabelece a ordem, que permite que as crianças se beneficiem.
À medida que os sentimentos de segurança e conforto emergem, as crianças com autismo podem estar mais aptas a se conectar com os cuidadores e outras pessoas em ambientes sociais. Como as crianças com TEA tendem a se dar bem com a repetição, não é surpresa que as crianças com TEA aprendam melhor com as rotinas diárias estabelecidas. A sensação de realização também é um grande fator e cumprir essas metas diárias pode trazer satisfação e contentamento.
Marcos Mion abre o coração e explica o motivo de não levar o filho em viagens de família (msn.com)
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