Vaper: o estrago é bem maior do que se imagina
Criados em 2003, os cigarros eletrônicos, conhecidos como vaper, por, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn, dentre outros tantos nomes, já passaram por várias versões, dos descartáveis de uso único, os recarregáveis que utilizam refis líquidos, contendo, em sua maioria, propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes, os de tabaco aquecido que tem um dispositivo eletrônico que se acopla a um refil de tabaco. Existem ainda os sistemas pods, abastecidos com sais de nicotina e tantas outras substâncias diluídas em líquido e por ai vai. No Brasil sua comercialização é PROIBIDA em qualquer versão.
Segundo pesquiso do Ipec, no Brasil existem cerca de 2 milhões de usuários e a projeção é de que esse número cresça em 2023. O relatório da Covitel publicado em 2022 apontou que um a cada cinco jovens entre 18 e 24 anos de idade usavam vaper no Brasil, sendo a maioria homens da região centro-oeste do Brasil.
Nos Estados Unidos o uso do vaping se tornou popular nos últimos anos e, paralelamente, o número de americanos com vários déficits cognitivos tem aumentado significativamente. Uma bandeira de alerta foi acionada. Com esse dado na cabeça, Xie e colaboradores realizaram um estudo cruzando o uso do cigarro eletrônico e queixas cognitivas subjetivas em adultos. O estudo foi publicado na PubMed. Os resultados revelaram que vapers atuais que eram ex-fumantes ou que nunca fumaram tiveram uma associação significativamente maior com queixas cognitivas subjetivas em comparação com nunca usuários. Comparados aos fumantes atuais, os ex-fumantes apresentaram menos associação com queixas cognitivas subjetivas.
Portanto, semelhante ao tabagismo, o vaping está associado a queixas cognitivas subjetivas em adultos nos Estados Unidos. Esses resultados fornecem evidências preliminares para uma associação transversal de vaping com potenciais efeitos cognitivos na saúde em adultos.
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