Vírus de Marburg: um novo surto na Guiné Equatorial

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Escrito por Sigla Educacional

15 de fevereiro de 2023

Vírus de Marburg: um novo surto na Guiné Equatorial

Outro vírus está colocando o mundo em alerta, o vírus de Marburg. O vírus Marburg é um agente infeccioso pertencente à família de vírus Filoviridae, que também inclui o gênero Ebolavirus, e causa um tipo raro e grave de febre hemorrágica em humanos e primatas não humanos. Devido à sua alta morbidade e mortalidade, os filovírus são classificados como patógenos prioritários da categoria A. Estamos falando de um dos vírus mais perigosos e letais do mundo, já que a taxa de mortalidade é de, aproximadamente, 50%, podendo atingir inimagináveis 88%, a depender da variante do vírus e dos cuidados de saúde que o paciente recebe.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião de emergência em 14 de fevereiro para discutir o novo surto do vírus de Marburg na Guiné Equatorial. Há relatos que o surto provocou a morte de nove pessoas e 16 casos suspeitos, sendo 14 assintomáticos e 2 com sintomas leves. Soma-se a isso 21 pessoas em isolamento sob forte vigilância, já que tiveram contato com os mortos e 4.325 pessoas estão em quarentema. Tendo em vista o quadro relatado o país declarou estado de alerta sanitário. Foi entre os dias 7 de janeiro e 7 de fevereiro de 2023 que as mortes ocorreram e uma morte ocorrida em 10 de fevereiro de 2023 está sendo investigada.

Segundo o Ministério da Saúde da Guiné Equatorial, foi detectada uma “situação epidemiológica atípica” em distritos de Nsok Nsomo, após o relato da morte de pessoas com sintomas de febre, fraqueza, vômitos e diarreia com sangue. Amostras processadas no Senegal confirmaram a presença do vírus.

A doença causada pelo vírus Marburg começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar intenso. Muitos pacientes desenvolvem sintomas hemorrágicos graves dentro de sete dias.

vírus de marburgAssim como o Ebola, o vírus Marburg se origina em morcegos e se espalha entre humanos por meio do contato direto com fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infectados. O vírus raro foi identificado pela primeira vez em 1967.

Não há vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para tratar o vírus. No entanto, cuidados de suporte – reidratação com fluidos orais ou intravenosos – e tratamento de sintomas específicos melhoram a sobrevida. Uma variedade de tratamentos potenciais, incluindo produtos sanguíneos, terapias imunológicas e terapias medicamentosas, bem como vacinas candidatas com dados da fase 1 estão sendo avaliadas.

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