Apraxia de fala e atraso de linguagem

apraxia de fala

Escrito por Sigla Educacional

17 de junho de 2024

Saiu na CoDas: Apraxia de fala e atraso de linguagem: a complexidade do diagnóstico e tratamento em quadros sintomáticos de crianças

Autoras: Melissa Catrini e Maria Francisca Lier-DeVitto

O texto aborda a complexidade do diagnóstico e tratamento de distúrbios de fala na infância dentro da perspectiva da Clínica de Linguagem, conforme desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Aquisição, Patologias e Clínica de Linguagem” do CNPq. Ele parte de um caso específico, amplamente discutido em trabalhos acadêmicos e teses de doutorado, para ilustrar os desafios enfrentados pelos clínicos na definição de um diagnóstico preciso e na escolha da direção adequada para o tratamento.

O principal dilema discutido é a dificuldade de distinguir entre problemas motores (práxicos) e simbólicos na fala das crianças. A distinção entre apraxia de fala, atraso de linguagem e desvios fonológicos é complexa, pois não há consenso entre os pesquisadores sobre como separar claramente esses aspectos. A apraxia de fala, em particular, é caracterizada por movimentos articulatórios desajeitados e um esforço visível para falar, afetando tanto a percepção auditiva quanto visual do terapeuta e do interlocutor.

A reflexão central do texto é que, embora as crianças com apraxia de fala possam ter controle sobre a musculatura envolvida na produção da fala, elas perdem essa capacidade ao tentar falar. Isso sugere que o problema não é puramente motor, mas envolve uma complexa interação entre corpo e linguagem. O fenômeno apráxico coloca em evidência essa relação, ressaltando que o corpo em questão é mais do que uma estrutura orgânica; é um corpo afetado pela linguagem.

O texto também destaca a importância de reconhecer que as perturbações práxicas na fala não se restringem ao nível motor, mas afetam a estrutura sintática e textual do enunciado. O caso clínico apresentado serve para ilustrar essas questões e contribuir para o avanço das discussões teóricas e práticas na área da clínica de linguagem, enfatizando a necessidade de desenvolver critérios diagnósticos mais sensíveis e estratégias de tratamento mais eficazes para crianças com problemas de fala.

Quer ler o texto completo? Acesse: https://codas.org.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20192018121

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