Mia le Roux, a primeira miss sul-africana surda
Mia le Roux, miss África do Sul 2024, foi diagnosticada com surdez profunda com 1 ano de idade e, aos 2 anos, recebeu implante coclear, o que lhe permitiu entrar em contato com o mundo sonoro. Le Roux fez terapia fonoaudiológica e hoje é oralizada, destacando que foram necessários 2 anos de terapia para dizer as primeiras palavras.
Mia usou sua exposição para dar voz à comunidade surda e, ao vencer o concurso disse: “É uma sensação incrível. Sou capaz de espalhar minha mensagem em uma plataforma muito forte. Como uma mulher surda com um implante coclear, represento uma comunidade que muitas vezes não é ouvida. Estou aqui para provar que, apesar de ter uma deficiência, isso não me afetou em termos do que sou capaz. Minha jornada é um testamento do poder dos sonhos e da determinação que todos nós possuímos.”
Na época de sua coroação, Le Roux, 29 anos, uma cristã praticante, trabalhava como gerente de marketing para uma empresa iniciante e estudava meio período para obter um Bacharelado em Comércio e Marketing na Universidade da África do Sul.
Aceitando seu papel como a atual Miss África do Sul, ela disse: “É a minha vez de ser sua comunidade, de ser uma voz para aqueles que, como eu, vivenciaram os desafios de ser diferente e se sentir excluídos. Estou aqui para servir como sua representante, para defender as causas que importam para os sul-africanos e para criar um espaço onde todos possam brilhar em sua maneira única e linda.” Ela acrescentou: “Com um coração humilde e grato, aceito a incrível responsabilidade de ser sua Miss África do Sul 2024. É uma honra que me enche de imenso orgulho e gratidão, e estou profundamente tocada pela confiança que a África do Sul depositou em mim.”
Le Roux deixa um importante lembrete a todos, mostra por ações que nenhum obstáculo é grande demais para ser superado, sua jornada e vitória como Miss África do Sul é uma vitória para muitas pessoas que enfrentam desafios na vida, essencialmente aquelas que muitas vezes não são ouvidas. Disse: “Estou aqui para provar que, apesar de ter deficiências, isso não me afetou em termos do que sou capaz. Aspiro eventualmente ajudar a fornecer implantes cocleares para aqueles que não podem pagar e dar a eles o mesmo presente que minha comunidade me deu”.
Apaixonada por conscientizar e educar outras pessoas sobre os desafios enfrentados pela comunidade surda, deseja usar seu título de Miss África do Sul, para defender os direitos das pessoas surdas e com deficiência auditiva, como defender o uso de legendas em programas de TV e intérpretes de sinais em eventos ao vivo.
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